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Mercado se adapta à Selic alta, e quem se ajustar vai fazer negócio

O mercado imobiliário está se adaptando ao contexto de taxa de juros nas alturas

Mercado se adapta à Selic alta, e quem se ajustar vai fazer negócio

Duas diferentes reportagens publicadas nesta semana mostram como o mercado imobiliário está se adaptando ao contexto de taxa de juros nas alturas - está no seu maior patamar dos últimos 19 anos -, sem previsão de queda no curto prazo.

Coluna da Miriam Leitão, de O Globo, traz dados de uma pesquisa do DataZap segundo a qual um terço das pessoas ouvidas que estão na jornada de compra passaram a buscar imóveis mais baratos nos últimos meses. Outros 16% relatam que mudaram a região de busca, e 11% estão avaliando comprar uma unidade menor do que desejava inicialmente.

Essas informações se complementam aos dados do Secovi presentes na reportagem publicada pelo Estadão que entrevista o presidente da entidade, Ely Wertheim. O ponto é que, apesar dos juros altos, o mercado de compra e venda segue aquecido, principalmente no que diz respeito às unidades mais em conta, impulsionadas principalmente pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Segundo dados do Secovi-SP, foram lançadas mais de 119 mil unidades em São Paulo nos doze meses encerrados em abril deste ano, enquanto foram vendidas 110 mil no mesmo período. De acordo com Wertheim, “dada a velocidade de vendas, todo o estoque acabaria em cerca de sete meses se a produção imobiliária cessasse”.

Além da pujança do MCMV, responsável por 75% dos lançamentos e 65% das vendas no último ano, a baixa taxa de desemprego ajuda a compensar os juros altos, e mantém o mercado aquecido. Porém, com uma busca por preços mais em conta. Principalmente com o gosto dos jovens por imóveis menores, ressalta o presidente do Secovi.

Num cenário como esse, de alto custo do dinheiro, porém de aquecimento da demanda por um ajuste de preço, as imobiliárias têm de redobrar a atenção para seguir os movimentos do mercado e ter os argumentos corretos para ajudar os dois lados a encontrar o ponto de equilíbrio adequado no momento. Sobretudo no que diz respeito ao preço.

É preciso perceber quando o comprador está disposto a ajustar o tipo de imóvel e o proprietário a dar um desconto. Pois são esses os dois movimentos que estão acelerando o mercado neste momento.

Adicionalmente, conforme também mostram essas duas reportagens, há oportunidades junto a um público diferenciado, mais específico, endinheirado, em busca de descontos para comprar imóveis de médio e alto padrão. Aqui, a dica é usar a super oportunidade do home equity. Quem está com um apartamento com estas características à venda há um bom tempo pode usar o empréstimo com imóvel em garantia, que tem o menor juro do mercado, para reformar esse patrimônio e reposicioná-lo para a venda.

Enfim, o momento pode parecer severo por conta dos juros altos. Mas a verdade é que há flexibilidade nas duas pontas por conta dos outros dados macroeconômicos que injetam liquidez no mercado – MCMV e alto emprego, principalmente.

Quem estiver ligado e se adaptar rápido, encontrará ótimas soluções.

Fonte: Portal Loft