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Novo modelo de crédito imobiliário pode liberar compulsório em 10 anos

Governo Lula anuncia nesta sexta-feira (10) reforma do crédito imobiliário com aumento do teto do SFH para R$ 2 milhões

Governo Lula anuncia nesta sexta-feira (10) reforma do crédito imobiliário com aumento do teto do SFH para R$ 2 milhões

O governo Lula prevê a liberação total do compulsório da poupança em 10 anos no novo modelo de crédito habitacional que foi anunciado na sexta-feira (10), em São Paulo.

A medida, segundo fontes ouvidas pelo jornal Folha de S.Paulo, vai liberar imediatamente 5% dos recursos da poupança – hoje retidos em depósitos compulsórios no Banco Central (BC) -, injetando pelo menos R$ 20 bilhões no sistema de financiamento imobiliário.

Na divulgação do evento, o governo informou que “a reforma moderniza as regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com o objetivo de tornar o uso da poupança mais eficiente e ampliar a oferta de crédito imobiliário.” Segundo o governo, a mudança oferece maior flexibilidade no uso dos recursos do SBPE, fonte de captação mais barata para as instituições financeiras.

Atualmente, 20% da poupança permanece no BC como compulsório. Mas, com as mudanças a serem anunciadas, a partir de janeiro de 2027, esse percentual cairá 1,5 ponto ao ano, zerando completamente em uma década.

A nova norma, discutida entre Executivo e BC, é uma resposta do governo após pressão do mercado imobiliário aos sinais de esgotamento da caderneta de poupança como principal fonte de crédito voltado à habitação no país.

O novo modelo elimina a obrigatoriedade atual de direcionar pelo menos 65% dos recursos da poupança para financiamento imobiliário, permitindo que os bancos usem esses recursos em outras aplicações com maior rendimento, desde que concedam financiamentos habitacionais em valor correspondente.

Aumento do teto do SFH

O valor máximo dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) – que permite uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – subirá de R$ 1,5 milhão para cerca de R$ 2 milhões. Este teto permaneceu inalterado desde 2018.

Fonte: Portas